A BANALIZAÇÃO NÃO É EDUCATIVA
A sociedade brasileira trocou o conservadorismo de muitos anos por uma postura mais leve, onde princípios e valores do passado foram substituídos por atitudes antes condenadas nos salões, nas escolas e na convivência entre as pessoas.
No ambiente escolar o autoritarismo deu lugar a uma série de permissividades compatíveis com novos tempos, em que os alunos e mestres quase se confundiam, trabalhando no mesmo patamar como se fossem colegas de profissão.
Esta mudança acabou sendo geradora de banalizações que prejudicaram a educação. Por mais que um professor se coloque junto aos alunos ele não pode perder a autoridade. Ele é o educador e, se estiver mais próximo dos alunos é para poder transmitir valores e evitar problemas com a própria presença.
Os defensores da disciplina preventiva aconselham que nas escolas haja sempre algum educador juntos aos alunos, inclusive nos recreios. O objetivo dessa prática é evitar que se avolumem os problemas, as desavenças entre colegas de estudo.
Hoje, no entanto, há uma confusão que invadiu a mente de algumas pessoas. Confundem a aproximação com o fato de usar o mesmo linguajar, as mesmas gírias e até os mesmos gestos comuns entre alunos, colegas de escola.
Pensam alguns professores que o fato de usar palavras que não fazem parte da norma culta da língua, embora estejam nos dicionários e sejam classificadas com palavras de “baixo calão”, estariam posicionados de modo favorável para mais educar.
Na verdade, tal fato não ocorre. Certas aproximações quando banalizam e nivelam a tal ponto de não ser possível distinguir quem é o educador e quem o educando criam na mente dos alunos a ideia de que o professor pouco tem a oferecer por ter-se transformado num igual.
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